segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A CRISE DE 1929 (8B,8C,8D,8E,8F,8G,8H)



A CRISE DE 1929


A quebra da Bolsa de Valores

O clima de prosperidade nos EUA parecia durar indefinidamente, gerando uma febre de investimentos em ações na Bolsa de Valores. As ações subiam de forma artificial, isto é,, não correspondiam ao crescimento real da economia. Isso aconteceu principalmente porque os consumidores procuravam manter um nível de vida mais alto que a realidade econômica permitia, gerando ondas de empréstimos garantidos por hipotecas. Mas, a partir da metade da década de 1920, o crescimento econômico desacelerou, pois a recuperação da industria e da agriculturas européias tornou a Europa menos dependente dos produtos importados dos EUA.
O dinamismo do mercado interno norte-americano também foi prejudicado pela queda dos salários pagos aos trabalhadores. Assim o consumo diminuía acompanhando a queda no poder de compra, mas as indústrias continuavam produzindo, gerando estoques que ficavam encalhados, desencadeando uma crise de superprodução. O preço das ações, no entanto, continuou subindo, até que se tornou evidente que não havia correspondência entre essa euforia e a situação real das empresas que começaram a falir. Os investidores correram para vender suas ações, mas já não havia compradores e o preço delas despencou. A euforia dos investidores deu lugar ao desespero, e o mercado de ações entrou na crise que levaria à grande quebra ( crash) da Bolsa de Valores De Nova Yorque, em outubro de 1929, iniciando a Grande Depressão.

A Grande Depressão

A grande Depressão pode ser definida como um período de recessão econômica
Que durou desde a crise de 1929 até o final da década de 1930. Nos EUA, durante os primeiros anos após a quebra da Bolsa, mais de 9 mil bancos faliram e cerca de 300 mil empresas foram fechadas, causando o desemprego de cerca de 12 milhões de trabalhadores ( 25% da mão-de-obra norte-americana).
Os reflexos da crise foram sentidos em todos os países capitalistas, principalmente na Europa e América Latina, onde havia grande dependência dos empréstimos e investimentos norte-americanos. Os credores norte-americanos, no entanto, começaram a cobrar os empréstimos de curto prazo e cortaram os investimentos externos e as importações. Em 1932, na Alemanha, havia quase 6 milhões de desempregados. O desemprego chegava a níveis altíssimos no mundo inteiro.


O NEW DEAL

Em 1932, Franklin Roosevelt foi eleito presidente dos EUA. O país estava no momento mais crítico da Grande Depressão e necessitava de medidas urgentes para enfrentar a crise.
Roosevelt rompeu com os princípios econômicos liberais e procurou salvar o capitalismo por meio de reformas econômicas dirigidas pelo Estado.
Este programa de reformas ficou conhecido como New Deal ( novo acordo).O plano consistia em grandes investimentos em obras públicas ( usinas hidrelétricas, pontes, estradas), com a finalidade de reduzir o desemprego que assolava o país. O governo também promoveu o financiamento da produção agrícola e industrial, salvando os produtores rurais que haviam hipotecado suas propriedades e os industriais que não tinham como pagar suas dívidas.
Essa ajuda veio acompanhada da interferência do Estado no mercado, controlando e limitando a produção de mercadorias, a fim de evitar novas crises de superprodução.Medidas trabalhistas também fizeram parte do New Deal, como a liberdade sindical, a redução da jornada de trabalho sem diminuição de salários, a fixação do salário mínimo, o seguro desemprego e o auxílio aos idosos. Embora de forma lenta, o programa teve efeitos positivos e a economia voltou a crescer, diminuindo o desemprego e aumentando o poder de compra dos trabalhadores.


Fonte: PELLEGRINI, Marcos.” Vontade de saber História”.9ºano. FTD. SP.p 87 e 89