segunda-feira, 4 de outubro de 2010

8a séries 2010- HISTÓRIA DO BRASIL- REPUBLICA VELHA( 1889-1930)

HISTÓRIA DO BRASIL

Brasil Republicano

República Velha (1889-1930)

Na segunda metade do século XIX, o Brasil passou por mudanças políticas econômicas e sociais que colaboram para a decadência da Monarquia e o advento da República.

Durante a maior parte do século XIX, o Brasil foi uma Monarquia governada por imperadores ( D. Pedro I e D. Pedro II) que governou o país por quase 50 anos. Nesse período, o Brasil recebeu grandes investimentos e empréstimos estrangeiros, sobretudo da Inglaterra. Esses capitais foram investido em estradas de ferro, em serviços públicos, como abastecimento de água, redes de esgotos e iluminação pública necessários a crescente expansão urbana.

A partir de 1870, os grupos republicanos começaram a crescer , principalmente, em São Paulo. Mas a Monarquia ficou insustentável após a abolição da escravidão. Como o governo não indenizou os proprietários de escravos, as elites agrárias escravistas, que davam sustentação ao regime, passaram a apoiar o movimento republicano. Diante disso, setores do Exercito se aliaram aos republicanos paulistas e, sob a liderança do Marechal Deodoro da Fonseca, deram um golpe de Estado, derrubando a Monarquia e proclamando a República em 15 de novembro de 1889.

As oligarquias assumem o poder

Durante a República Velha (1889-1930), as oligarquias locais,que já detinham o poder econômico, assumiram também o poder político.

No período da República, o país foi governado por dois presidentes militares: Deodoro da Fonseca e, depois, Floriano Peixoto. Esses militares tinham como objetivo principal garantir a consolidação do regime republicano enfrentando grupos políticos descontentes com o fim da Monarquia. Além disso, esses presidentes se empenharam em promover uma maior centralização do poder, entrando em confronto com os grupos regionais que desejavam maior autonomia em relação ao governo federal.

Durante o seu governo, Deodoro assumiu uma política autoritária e centralizadora, provocando descontentamento dos cafeicultores. Esses cafeicultores formavam oligarquias que detinham o poder econômico do país em função dos lucros obtidos com a exportação do café.Eles haviam apoiado o golpe contra a monarquia, porém rejeitavam a implantação de uma ditadura militar no país. Assim, passaram a pressionar Deodoro até que, em novembro de 1891, ele renunciou. Floriano Peixoto, o vice-presidente, assumiu o poder e procurou se aproximar das oligarquias. A união do governo federal com as oligarquias regionais possibilitou a estabilização do regime republicano. Os primeiros presidentes da Republica do Brasil enfrentaram uma série de revoltas.

A política dos governadores

A eleição do paulista Prudente de Morais, em 1894, marcou a ascenção dos grandes cafeicultores ao comando político do país. Nessa época, os presidentes do Brasil procuraram fazer alianças com as elites regionais, implantando a política dos governadores.

A política dos governadores possibilitou que os oligarcas mantivessem o poder em suas mãos por cerca de 35 anos. Esse período político do Brasil foi chamado, informalmente, de política de café com leite, pois os dois estados que tinham maior representação político nessa época, São Paulo e Minas Gerais, eram grandes produtores e exportadores de café e, além disso, tinham uma grande produção leiteira.

O coronelismo

Para que os governadores conseguissem garantir a eleição de deputados favoráveis ao governo federal, eles faziam alianças com os coronéis, que eram grandes proprietários rurais. Os coronéis se aproveitavam do poder que exerciam sobre a população pobre para garantir os votos que desejavam. Essa dominação ficou conhecida como coronelismo e só foi possível devido a opressão que os proprietários da terra exerciam sobre os camponeses, dependentes da terra e da “proteção” do coronel.

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